O estado da oposição em Portugal
Via Macro
Comentando o estado da oposição a partir do Editorial do Jumento que hoje dobrou o Cabo da Boa Esperança com mais de 1 milhão de visitas e a trabalhar sem rede nem aparições de rádio-tv-pirata, ocorre-me enquadrar a oposição com a imagem supra. O difícil alí é saber onde está MMendes, Jerónimo, Portas, Santana e mais uns quantos que contam efectivamente pouco. Contam pouco no país, no mercado das ideias e das soluções a apresentar a Portugal, apenas fazem ruído. Um exemplo dessa poluição política foi ontem feito por Santana lopes, o "canastrão" da política lusa, ao dizer que era o político com mais obra depois de Cavaco. "Obra" só se for na arte da desgraça envergonhando o País, intra e extra-muros. Nunca pensei que a lata de Lopes fosse tão longe e despudorada.. Mas os portugueses já o conhecem.
Convém ver como interage a Oposição com o Poder e sinalizar o facto de a riqueza passar a ser criada pelo saber. As empresas são obrigadas a gerar redes de conhecimento para manter os seus clientes satisfeitos, o Estado - ao seu nível de organização - também; e o que faz a oposição? Mendes pulula, Jerónimo tem fleubites e não passa dum disco riscado, Louçã ainda tem umas tiradas incisivas no Parlamento em matéria de política económica, apesar do BE estar em perda, e PPortas representa hoje o hooliganismo no cds que até bate na zezinha Nogueira Pinto que já se declarou ao PS.
Ou seja, a oposição não tem ideias, não tem método, e, pelos vistos, também não tem escrúpulos, como se vê pela conduta traiçoeira de Paulo Portas no assalto ao poder só porque tem maioria nos órgãos do partido e move-se melhor junto da mediacracia vigente.
Tudo isto é, afinal, uma charada do pior: o Índio, o Covallini, o pai do Índio e o TS. É lamentável dizer isto, mas é a verdade. Acresce, por outro lado, que a internacionalização aumenta a pressão sobre as competências do poder e conduz, em tese a uma maior diversidade: na Educação, no Ambiente, na Economia, no Estado, etc... Foi para isto que o PS fez no fim de semana As Novas Fronteiras, para gerar crítica interna, consciência dos problemas, gerar massa crítica e identificar perspectivas de futuro a fim de que Portugal possa ver um melhor horizonte e um melhor zénite para a governação para os portugueses.
E o que faz a oposição? O que faz o psd? Como diz o Jumento - fala na OTA (um projecto que o psd quis adoptar, mas que meteu na gaveta); fala na baixa de impostos quando ainda pode haver uma subida do petróleo e depois lá se vai a folga conseguida pelo governo, como ainda ontem sublinhou António Vitorino no Notas Soltas; fala dos consulados. Ou seja, MMendes até parece um "Almeida" de Carmona que na edilidade lisboeta anda a apanhar propostas nos caixotes do lixo da capital. É lamentável dizer isto, mas é a verdade.
Já aqui temos referido que é péssimo para o País não haver oposição credível em Portugal. E não existe porque o mercado de ideias não funciona, não existe inventividade nem criatividade na adopção de novas ideias sociais com peso político passíveis de serem implementadas na sociedade. E é do reconhecimento dessa impotência progressiva que o povo português olha de soslaio para toda a a oposição, especialmente a que tem vocação de poder, o psd. Que está entrincheirado entre os meneses, os santanas, os carmonas, os antónios pretos, os liparis, ou seja, as ervas daninhas que a partidocracia do psd tem gerado nestes últimos anos e que tem impedido o tal mercado das ideias funcionar com vitalidade. De modo que MMendes encontra-se no meio da ponte, com os jacarés lá em baixo, esperando pela queda abrupta...
Em rigor, a oposição em Portugal continua em regime de piloto automático e quando acordar também não sabe o que há-de fazer aos manípulos dum avião que é grande demais para ser pilotado por si. Sendo que a verdadeira ironia disto tudo, para agravar mais as coisas, é que a inteligência social, económica e política já não reside nos aparelhos partidários, esse material estratégico encontra-se noutars fileiras: nos gabinetes dos gestores de topo, nos escritórios de advogados, nos contabilistas, nas empresas de consultoria - que às vezes também não cedem à tentação de incorrer em contabilidades criativas...
E por uma razão simples: as tecnologias, a geografia, a segmentação dos problemas, as marcas, as quotas de mercado, a C & T, as teias dos problemas interdepartamentais que afectam a governação é ali mais fácil e eficientemente resolvida do que na Lapa onde já só se discute quem será o próximo canastrão do psd,com MMendes a caminho de França para ler mais um texto apanhado nos caixotes do lixo da edilidade lisboeta "tão bem" dirigida pelo seu amigo Carmona.
Tudo isto até teria graça se não fosse grave demais... Mas hoje é um dia importante para o Jumento, que dobrou um milhão de visitas, o suficiente para decidir o resultado dumas eleições legislativas.
Convém ver como interage a Oposição com o Poder e sinalizar o facto de a riqueza passar a ser criada pelo saber. As empresas são obrigadas a gerar redes de conhecimento para manter os seus clientes satisfeitos, o Estado - ao seu nível de organização - também; e o que faz a oposição? Mendes pulula, Jerónimo tem fleubites e não passa dum disco riscado, Louçã ainda tem umas tiradas incisivas no Parlamento em matéria de política económica, apesar do BE estar em perda, e PPortas representa hoje o hooliganismo no cds que até bate na zezinha Nogueira Pinto que já se declarou ao PS.
Ou seja, a oposição não tem ideias, não tem método, e, pelos vistos, também não tem escrúpulos, como se vê pela conduta traiçoeira de Paulo Portas no assalto ao poder só porque tem maioria nos órgãos do partido e move-se melhor junto da mediacracia vigente.
Tudo isto é, afinal, uma charada do pior: o Índio, o Covallini, o pai do Índio e o TS. É lamentável dizer isto, mas é a verdade. Acresce, por outro lado, que a internacionalização aumenta a pressão sobre as competências do poder e conduz, em tese a uma maior diversidade: na Educação, no Ambiente, na Economia, no Estado, etc... Foi para isto que o PS fez no fim de semana As Novas Fronteiras, para gerar crítica interna, consciência dos problemas, gerar massa crítica e identificar perspectivas de futuro a fim de que Portugal possa ver um melhor horizonte e um melhor zénite para a governação para os portugueses.
E o que faz a oposição? O que faz o psd? Como diz o Jumento - fala na OTA (um projecto que o psd quis adoptar, mas que meteu na gaveta); fala na baixa de impostos quando ainda pode haver uma subida do petróleo e depois lá se vai a folga conseguida pelo governo, como ainda ontem sublinhou António Vitorino no Notas Soltas; fala dos consulados. Ou seja, MMendes até parece um "Almeida" de Carmona que na edilidade lisboeta anda a apanhar propostas nos caixotes do lixo da capital. É lamentável dizer isto, mas é a verdade.
Já aqui temos referido que é péssimo para o País não haver oposição credível em Portugal. E não existe porque o mercado de ideias não funciona, não existe inventividade nem criatividade na adopção de novas ideias sociais com peso político passíveis de serem implementadas na sociedade. E é do reconhecimento dessa impotência progressiva que o povo português olha de soslaio para toda a a oposição, especialmente a que tem vocação de poder, o psd. Que está entrincheirado entre os meneses, os santanas, os carmonas, os antónios pretos, os liparis, ou seja, as ervas daninhas que a partidocracia do psd tem gerado nestes últimos anos e que tem impedido o tal mercado das ideias funcionar com vitalidade. De modo que MMendes encontra-se no meio da ponte, com os jacarés lá em baixo, esperando pela queda abrupta...
Em rigor, a oposição em Portugal continua em regime de piloto automático e quando acordar também não sabe o que há-de fazer aos manípulos dum avião que é grande demais para ser pilotado por si. Sendo que a verdadeira ironia disto tudo, para agravar mais as coisas, é que a inteligência social, económica e política já não reside nos aparelhos partidários, esse material estratégico encontra-se noutars fileiras: nos gabinetes dos gestores de topo, nos escritórios de advogados, nos contabilistas, nas empresas de consultoria - que às vezes também não cedem à tentação de incorrer em contabilidades criativas...
E por uma razão simples: as tecnologias, a geografia, a segmentação dos problemas, as marcas, as quotas de mercado, a C & T, as teias dos problemas interdepartamentais que afectam a governação é ali mais fácil e eficientemente resolvida do que na Lapa onde já só se discute quem será o próximo canastrão do psd,com MMendes a caminho de França para ler mais um texto apanhado nos caixotes do lixo da edilidade lisboeta "tão bem" dirigida pelo seu amigo Carmona.
Tudo isto até teria graça se não fosse grave demais... Mas hoje é um dia importante para o Jumento, que dobrou um milhão de visitas, o suficiente para decidir o resultado dumas eleições legislativas.
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